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A Nova Economia



Plutão e Júpiter se abraçam hoje aos 24º do signo Capricórnio. Esta conjunção sempre traz uma nova perspectiva em relação ao modus operandi das sociedades, lembrando que Plutão tem a função de transformar e Júpiter de expandir. Júpiter, ainda, rege as relações internacionais e neste momento assistimos a uma imensa transformação global, e seu ápice será na economia mundial.

Outra configuração muito importante no dia de hoje é a conjunção de Mercúrio e Netuno no signo de Peixes, que juntos conduzem nossas mentes ao mundo dos sonhos sonhados por nós, mas especialmente ao mundo “Daquele” que nos sonha. Sempre gosto de me pensar como o sonho de Deus. Mas será que Ele existe? Ou será que são vários deuses competindo entre si para ver quem cria os mais extraordinários seres humanos? Talvez não seja nada disso, e eu seja simplesmente o sonho de uma partícula de carbono que deseja se expandir. Ou somente um elemento a mais nos ramos de uma arvore genealógica que precisa sobreviver. Seja quem for que me tenha sonhado, ou necessitado, também me ensinou a sonhar o que necessito. São tantas as necessidades de um sonhador: Um bolo de chocolate, paz de espírito, uma casa de campo, ir ao show de um ídolo, encontrar a cura do câncer, vencer um concurso de dança, fazer sexo com amor, colonizar marte, a iluminação divina, e podemos seguir até o infinito e além. Mas será que tais necessidades são mesmo tão necessárias? Ou será que são meras divagações que levam o sonho a se perder do sonhador?

As especulações acima podem ser vistas como a aceitação de Mercúrio ao convite de Netuno para adentrar em seu reino, Peixes. Ali Mercúrio pode tomar uma taça de vinho consagrado por Baco e deixar sua essência divagar na nova ordem determinada pelo acordo Júpiter/Plutão. Como já dito, tal acordo traz novas bases para a economia. Mas, o que representa a Economia? Seus fundamentos estão baseados na escassez, ela é a ciência que nos ensina a administrar os recursos que não são suficientes para todos nós, ela nos ensina a abrir mão de uma necessidade em detrimento de outra, ela nos ensina que não se pode ter tudo. Mas então, do que abrir mão? Só a economia nos responderá! Podemos nos “autoeconomizar” não participando dos processos coletivos, guardando somente para nós e “os nossos” o fardo de papel higiênico disputado a tapas no mercado, que vamos estocar junto às caixas de álcool gel em nossos armários. Mas, também podemos economizar, aprendendo a abrir mão (coisa de Plutão) de julgamentos, da preguiça, de alimentos que exigem demasiado gasto energético de nosso sistema digestivo, de ideias que nos separam do outro, da raiva de ser quem somos espelhada em nossos ódios políticos, das redes socias que nos incitam a fechar os livros, da obrigação de “ter que fazer” que nos impede de respirar com os olhos fechados.

Compreender um conceito por seu contrário é fotografar a alma, diria Nilton Bonder, assim que a escassez nos apresentará a abundância (coisa de Júpiter), que se encontra na compreensão do que realmente é necessário. Quando sei que preciso de “um”, um é abundante, quando não sei do que preciso “tudo” não será suficiente. Então, é preciso que sonho e sonhador se alinhem, pois quem não sabe o que sonha não enxerga o que vê, e, nesta ilusão de ótica, o muito de uns se torna o nada de outros.

Assim que a sugestão da astróloga que vos fala, é que aproveitemos este momento para mantermos a coluna ereta, a mente quieta e o coração alerta, para que economizemos gastos supérfluos de energia, e possamos perceber que “Aquele” que nos sonhou, sonhou também céus, mares, selvas, animais, e, os vírus. Sim! Os vírus!

Quem sabe despertemos da ilusão de supremacia humana sobre os outros reinos da Natureza, descobrindo a realidade de um sonho coletivo. Então, e somente então, os recursos circularão livremente, pois não estaremos mais disputando o “valor em real” das coisas, mas sim, compartilhando o “valor real” da vida.

Mercúrio, assim, sorri e termina sua taça de vinho sossegadamente, se divertindo enquanto influencia a minha escrita. Palavras que se enrolam entre si, de repente, brotam como poesia em espaços escondidos como plantas que conseguem nascer nas frestas de muros há muito esquecidos nos antigos castelos medievais.

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